O surgimento do
Templo da Boa Vontade
Encontrar um lugar cuja proposta fosse “erigir o Templo do Deus Vivo nos corações humanos”. Com esta absoluta convicção, o diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, teve a iniciativa desafiadora de levantar o Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, numa época em que o Brasil passava por período de grande instabilidade econômica.
Para o dirigente da Legião da Boa Vontade, o monumento teria de ser um “marco dessa nova concepção de Amor ao Pai Celestial. Por isso é que, nele, tudo (até mesmo suas pedras) proclama que Deus é Espírito e como tal cumpre aos homens adorá-Lo”.
Recorda-se que, em uma madrugada, na sua residência, meditava: “Se há necessidade de um teto para as pessoas se protegerem das intempéries atmosféricas, urgente se faz um local que as abrigue das tormentas do sentimento, esquecidas as diferenças religiosas, ideológicas, políticas, econômicas, de modo que se refaçam espiritualmente, descansando das procelas íntimas. Todo mundo tem uma dor que não conta a ninguém, desde o mais poderoso ao mais simples dos homens, até mesmo os Irmãos ateus”.

Acompanhado de legionários da Boa Vontade, Paiva Netto caminha pelo amplo terreno onde, futuramente, seria erguido o TBV.

O presidente da Legião da Boa Vontade analisa a planta do TBV, tendo ao lado o saudoso legionário Waldir Gomes Tristão, então responsável pela Sucursal da LBV, em Brasília/DF.

Integrantes do Conselho Fiscal da Legião da Boa Vontade acompanham as explicações do dirigente da LBV sobre a maquete do TBV, que seria erguido em tempo recorde (3 anos e 5 meses), desde o lançamento da Pedra Fundamental, em 27 de maio de 1986.
A partir desta profunda reflexão, Paiva Netto concluiu que era a hora de concretizar um antigo sonho do fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979): o de erguer, na capital federal, o Templo da Boa Vontade. Paiva Netto não teve dúvidas: recorreu ao povo, sempre presente para apoiar os trabalhos da LBV, desde os seus primórdios. Sobretudo, pôde contar com as mulheres para alcança esse nobre intento. Primeiro, ouviu os mais velhos, de forma que dessem a sua contribuição. Convocou uma reunião com o Conselho Fiscal da Instituição, para o qual apresentou a proposta e, sob efusivo aplauso dos Conselheiros, obteve total apoio.
Haroldo Rocha, hoje chanceler da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, acompanhou de perto essa caminhada. Ele lembra que o diretor-presidente da Instituição em 1983 e 1984 já havia solicitado ao saudoso Irmão Waldir Gomes Tristão (1932-1989), na época responsável pela Sucursal da LBV na capital federal, que procurasse no Plano Piloto de Brasília terrenos de ampla extensão, em virtude da grandeza do empreendimento pretendido pelo dirigente da LBV para o Templo: “O próprio Irmão Paiva estabeleceu, diante de Waldir, as bases daquilo que deveria ser conseguido em termos de terreno, dimensão e impacto, já que o projeto nem tinha ainda sido desenhado. O que também pouca gente sabe é que a própria Quadra 915, onde está localizado o TBV, foi planejada e constituída na altura por razões da futura construção”, recorda Haroldo.
“Vocês topam construir o TBV?”
E o povo brada bem forte:
"Topamos!"

Vista parcial do 10º Congresso da Mulher Legionária, realizado na capital mineira, em 1985. Milhares de pessoas superlotaram as dependências do Esporte Clube Ginástico.

Antônia Maria Damásio Abrantes (1933-2011)
“Naquela hora, foi uma emoção tão forte, tão forte, que todos os que estavam presentes não contiveram as lágrimas, porque na nossa mente já estávamos vendo o Templo da Paz erguido. E aí começou o trabalho, em que, graças a Deus, eu fui voluntária com muita honra”.

Marina Lombardi Santos, de Curitiba/PR
“Eu vi famílias tão engajadas, que elas pegavam o fim de semana e faziam salgadinhos, pamonhas... Outras confeccionavam panos de prato. (...) Nós olhamos o Templo e nos lembramos daquela luta pela sua construção. Sentimos o Bem que faz para toda a Humanidade.”

Celina Bertolin, de São Paulo/SP
“A minha voz também se uniu à das Irmãs Legionárias para dizer ao Irmão Paiva que ele podia contar com o meu trabalho, com a minha dedicação na construção do Templo da Boa Vontade. E, a partir daquele momento, tornou-se um compromisso.”

Rosângela de Oliveira, de São Paulo/SP
“O TBV me traz vida. Eu não consigo ficar sem, pelo menos uma vez por ano, estar no TBV.”
Em 25 de maio de 1985, no Ginásio de Esportes do Clube Ginástico Afonso Pena, nº 3.328, Serra – Belo Horizonte/MG, era realizado o 10º Congresso da Mulher Legionária, evento em que Paiva Netto lançou aos presentes o desafio para a construção do TBV: “Promessa que o nosso amigo Zarur fez é uma promessa nossa. Ele disse que a LBV daria ao Brasil um templo onde as pessoas realmente confraternizariam. Para construí-lo, nossa principal ferramenta será a Fé Realizante e essa Fé os legionários, principalmente as mulheres, têm sobejamente…”.
Em linguagem popular, o dirigente da LBV perguntou: “Vocês topam construir o TBV?”. E até brincou: “Vejam lá, se Vocês concordarem e depois caírem fora, vão ter de levar chocolate para mim na cadeia, porque vou assinar todos os compromissos financeiros!” (risos). A massa humana, que superlotava o ambiente, reiterou o apoio em uníssono, bradando: “Topamos!!!”. E Paiva Netto concluiu: “Então, considero esse Templo moralmente levantado.”.
Ao término do Congresso, transmitido por uma rede internacional de 600 emissoras, às 18 horas, os brasileiros e estrangeiros de Boa Vontade começaram a colaborar para a construção desse monumento à Fraternidade Ecumênica, que se tornou realidade quatro anos e cinco meses depois, em 1989.

Paiva Netto discursa da marquise do primeiro prédio do Conjunto Ecumênico da Instituição ligado do Templo da Boa Vontade. Essa primeira edificação foi inaugurada em 27 de maio de 1986, por ele, diante de uma multidão que superlotava o local.

O povo forma uma grande Corrente Ecumênica de Oração e acompanha atentamente o discurso de lançamento da Pedra Fundamental do TBV, feito por Paiva Netto, que se encontra no centro do terreno, cercado por autoridades e por alguns dos presentes.
Um ano depois, Paiva Netto inaugurava o primeiro anexo (sede administrativa) do Conjunto Ecumênico da LBV, em 27 de maio 1986.
Dada a grande aglomeração popular, não foi possível ao diretor-presidente da Legião da Boa Vontade falar do palco montado para esse fim. “(…) Eu estava no segundo andar do prédio administrativo da LBV com os meus filhos e olhei para o pátio, que estava superlotado. E vi que o palco era baixo demais. Então, disse: ‘Sabem de uma coisa? Vou falar aqui de cima da marquise de entrada’. E perguntei para alguém: ‘Essa marquise aguenta pessoas em cima?’. Ao que me responderam afirmativamente, ao mesmo tempo que me perguntavam: ‘Mas como é que o senhor vai passar pra lá? Tem um vidro na frente!’. ‘Ora, se o vidro atrapalha, tirem o vidro!’, disse-lhes. O vidro foi retirado e pude, então, fazer o discurso lá de cima mesmo (…). E, naquele momento, destaquei, lembrando-me de Moisés e de Zarur, que aquele Templo surgia para que houvesse a interiorização de valores. Porque não se pode exteriorizar coisa alguma se a criatura não tem nada para oferecer. É a questão do conteúdo”, conta o dirigente da LBV, recordando aquela data memorável.
Na sequência, aproximadamente ao meio-dia, tinha início a cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental do Templo. Em uma grande caixa de aço foram colocadas publicações da Legião da Boa Vontade. O material foi envolvido em película impermeável, e a arca, protegida com lã de vidro, importante isolante térmico. O local foi lacrado e lá ficou o testemunho de vibrante período da saga heroica da LBV. A construção do monumento era iniciada.
Em dezembro do mesmo ano já se executava a escavação das fundações e se armavam as ferragens. Como dizia o veterano jornalista e pensador Apparício Torelly, o Barão de Itararé (1895-1971): “A Legião da Boa Vontade é a demonstração inequívoca da capacidade realizadora do povo brasileiro”.
A construção
do TBV

DESDE QUE LANÇOU A IDEIA ATÉ O ÚLTIMO DETALHE, O DIRETOR-PRESIDENTE DA LBV, JOSÉ DE PAIVA NETTO, ACOMPANHOU PESSOALMENTE TODAS AS FASES DE EDIFICAÇÃO DO TEMPLO DA PAZ. NESSE INTENTO, FOI INCANSÁVEL, DESLOCANDO-SE SEMANALMENTE (ATÉ TRÊS VEZES – DIA, NOITE E MADRUGADA) A BRASÍLIA/DF PARA VISTORIAR AS OBRAS DO TBV.

Após os trabalhos de terraplanagem e preparação da área, a fase de implantação das fundações do Templo da Boa Vontade.

Concluídos os alicerces, tem início a montagem
do madeiramento que suportará as formas das vigas e lajes da estrutura principal da obra: começa a subir o TBV.

Surge a torre central de apoio à construção, e o escoramento começa a ser erguido.

Com mais de 50% do escoramento executado, inicia-se a montagem das formas das vigas que apoiarão as sete lajes.

O escoramento em sua fase final e as primeiras vigas já atingindo o topo da estrutura. Paralelamente, começa a montagem das formas das lajes ou faces laterais.

As formas das vigas estão definidas, dando forma à pirâmide heptagonal.

A concretagem das vigas e lajes atinge o terceiro anel.

O sexto anel está sendo preparado para a concretagem. Uma estrutura de apoio se faz necessária para permitir o trabalho dos operários.

Término da concretagem das faces laterais do Templo. Brasília é elevada à condição de Patrimônio Cultural da Humanidade. Os integrantes do Conselho Fraterno da LBV visitam o Conjunto Ecumênico, acompanhando o diretor-presidente da LBV.
prosseguem as escavações na área ao redor da Nave do Templo, onde funcionarão os anexos.







da laje do 1º subsolo do Memorial Alziro Zarur.



Visita noturna ao TBV. Desponta a estrutura do Memorial Alziro Zarur.

Fim das obras
PRESTAÇÃO DE CONTAS AO POVO

Durante a construção do Templo do Ecumenismo Irrestrito, Paiva Netto, como de costume nas vistorias realizadas todos os meses, se dirigia, com seu assessor em Brasília/DF, à época, Haroldo Rocha – hoje Chanceler da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, no Templo da Boa Vontade – para a outra extremidade da Praça Alziro Zarur, defronte do TBV, e, em ângulo determinado, registrava, mensalmente, por meio de fotografia e vídeo, a evolução das obras da Pirâmide da Paz, que surgia soberana ao fundo. Dessa forma, o dirigente da Instituição prestava contas ao povo acerca do desenvolvimento acelerado dos estágios da edificação do portentoso monumento.

O dirigente da LBV e assessores circundam umas das faces da Pirâmide, já completamente revestida de mármore.

No ano da inauguração do TBV, Paiva Netto vistoria, frequentemente, cada novo detalhe da construção. Na imagem, a saída principal da Pirâmide.

Detalhes dos vãos que permitirão que ar e luminosidade embelezem ainda mais as áreas subterrâneas do Templo.

Limpeza das faces da Nave do TBV.

Imagem do interior da Nave, a partir do espaço a ser envidraçado entre duas das sete faces do Templo.

Além do elevado significado espiritual, a beleza arquitetônica do monumento, já àquela altura, era destaque na imprensa.

O Templo da Boa Vontade exatamente a um mês do grande momento da inauguração.
Colocada a pedra de cristal no pináculo do TBV

Um dos acontecimentos especiais que antecederam a abertura em definitivo das portas do monumento dedicado à Solidariedade Ecumênica foi a colocação, em 1º de junho de 1989, no pináculo da Pirâmide de sete faces que constituem a Nave do Templo da Boa Vontade, daquela que é considerada pela mídia a maior pedra de cristal puro do mundo (aproximadamente 21 quilos).
Segundo estudiosos do assunto, o cristal, além de purificar o ambiente, favorece a cromoterapia – a cura pelas cores. Desde os planos iniciais do fundador do TBV, Paiva Netto, ao lado do arquiteto R. R. Roberto, já havia a ideia de instalar uma pedra no ápice da Pirâmide, pela qual a luz do Sol banharia o interior da Nave. Seria uma construção piramidal com ponta, visto que as sem ponta, a exemplo da pirâmide de Quéfen, do Antigo Egito, simbolizariam as mensagens de Deus não alcançadas pelos homens – e o TBV surgia exatamente para integrar a criatura em seu Criador.
Veio, então, o desafio: como atender a uma solicitação tão específica e obter o mineral na proporção correspondente ao tamanho do Templo da LBV? O desígnio divino soube resolver a difícil empreitada.
Em 16 de março daquele ano, Paiva Netto, ao voltar de Brasília, onde estivera acompanhando as obras do monumento, assistiu a uma reportagem de telejornal que se mostrou providencial: “Encontrava-me no meu gabinete de trabalho em São Paulo. Era alta noite. Ligo o aparelho na antiga TV Manchete. O noticiário já estava pela metade. O que aconteceu? Vi o minério rapidamente e o pessoal dizendo que era o maior cristal puro no mundo. No mesmo instante, telefonei para o estimado Haroldo Rocha, responsável, na época, pela LBV na capital da República, e disse-lhe: ‘Haroldo, acabei de ver isso na TV Manchete. Vá buscar essa pedra, por favor. Se não a trouxer…’ (aí de uma boa gargalhada), ‘…não precisa nem voltar. Retorne, mas a traga, porque é o que procuramos’. Na manhã seguinte, matérias a respeito do assunto pululavam na mídia”.
E completa o dirigente da LBV: “Haroldo, então, se dirigiu a Cristalina-GO. Passou o dia inteiro lá. Havia muitos estrangeiros no local. Todos querendo o grande quartzo. Pacientemente, esperou sua vez. Chegando o fim da tarde, pôde falar ao garimpeiro Chico Jorge da necessidade de levar aquela pedra, que seria posta em um lugar especial. Descreveu-lhe o Templo da Boa Vontade em construção. Foi quando, ao se aproximar deles, a esposa do minerador interveio: ‘Chico, você vai passar essa pedra para o Templo, porque eu sou ouvinte da LBV e gosto muito dela’. Em resumo foi assim. Haroldo retornou, trazendo a pedra que se encontra hoje gloriosamente cravada no pináculo do TBV”.
Fato curioso é que, naquela mesma semana, a esposa do garimpeiro, Maria de Lourdes, lembrou-se de um sonho no qual ele achava uma pedra que teria uma nobre destinação. Logo que a notícia correu, diversos legionários juntaram-se para conseguir o dinheiro necessário. Chico Jorge fez a sua parte: vendeu-a por quase nada.

Esta empolgante história, inclusive, foi narrada por Paiva Netto em seu artigo “A nobre destinação de um cristal”, publicado em centenas de jornais, revistas e sites e divulgado em milhares de emissoras de rádio e televisão no Brasil e no exterior, por ocasião das comemorações de 20 anos da colocação da pedra de cristal, em 1º de junho de 2009. No artigo, frisou: “Ao casal Chico Jorge e Maria de Lourdes, a gratidão dos milhões de peregrinos que, ao entrarem na Nave da Pirâmide das Almas Benditas, dos Espíritos Luminosos, são beneficiados pela saudável energia espargida do cristal do Templo da Boa Vontade”.

Em 1997, o renomado artista plástico Siron Franco mostra, no painel fotográfico do Cristal do Templo da Boa Vontade, as linhas que, segundo sua refinada visão, formam a imagem perfeita da face de Jesus, o Cristo Ecumênico, portanto, Universal, o Divino Estadista. O fato tem sido confirmado por inúmeras pessoas que as observam pelo mesmo ângulo.
O sonho se concretiza!
21 de outubro de 1989

Chega a tão esperada data: 21 de outubro de 1989. O TBV, erguido em tempo recorde de três anos e cinco meses, está pronto para receber a todos, sem exceção. O primeiro monumento dedicado ao Ecumenismo Irrestrito e Total, notável ponto de expressão para o inter-relacionamento religioso e que seria definido com a “maior construção piramidal [de sete faces] do século 20”, pelo tradicional jornal Diário de Notícias, de Portugal.
Com o apoio popular, e graças ao empenho e carisma de seu fundador, José de Paiva Netto, cuja marca pessoal é cumprir o que promete, inaugura-se a Pirâmide das Almas Benditas, a Pirâmide dos Espíritos Luminosos, em uma ocasião muito especial, quando se completavam dez anos da passagem do fundador da LBV, Alziro Zarur, ao Mundo Espiritual.

Foi mais um momento histórico vivido por Brasília/DF, evento que, como noticiou a mídia, levou à capital do país pessoas do mundo inteiro, reunindo mais de 50 mil espectadores durante a cerimônia principal.
As festividades daquele dia começaram bem cedo ao redor do Templo. Mas foi às 14 horas, quando a Banda do Batalhão da Guarda Presidencial executou o Hino Nacional, com o simultâneo hasteamento das bandeiras do Brasil, de Brasília e da LBV, que a solenidade inaugural teve lugar oficialmente.

O DIRIGENTE DA LBV ABRE AS PORTAS DO TEMPLO DA PAZ À HUMANIDADE
Em seguida, Paiva Netto, em meio ao clima de emoção de todos os presentes e acompanhado pelas autoridades, dirigiu-se à porta de entrada principal do TBV – ao fundo, ouvia-se uma marcha composta especialmente para a ocasião e executada por músicos e coral. Chegou o momento de descerrar a faixa e dar sete batidas místicas com um martelo dourado, presente dos legionários de Goiás, e o dirigente da LBV declarou-o aberto para toda a Humanidade.

“Como as crianças representam o que há de mais puro neste mundo, elas vão entrar primeiro”, anunciou o fundador do TBV. E, lembrando os mais diferentes povos e nações, centenas de meninas e meninos caminharam à sua frente até chegarem à Nave do Templo.

Também o Irmão Francisco Camilo de Oliveira, mineiro de Governador Valadares, na sua cadeira de rodas, representando aqueles que têm limitações físicas, mas não desanimam na luta da vida, foi convidado por Paiva Netto a entrar primeiro com as crianças. Esse gesto evidenciou mais uma vez o respeito da LBV à sagrada pessoa humana.
De um palco de 320 metros quadrados, armado na Praça Alziro Zarur, em frente do TBV, é apresentada toda a programação dos dois dias da festa, em que predominaram os eventos culturais.



A grande festa de inauguração prosseguiu o dia todo. À noite, a visitação pública continuava intensa. Dando sequência à programação, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro executou, em primeira audição mundial, ao lado do Madrigal da Escola de Música e Coro jovem LBV, a Sinfonia Apocalipse – elaboração composicional, harmônica e orquestral do maestro Almeida Prado (1943-2010) sobre temas do diretor-presidente da LBV. A regência foi de Achille Picchi. Às 18 horas, cerca de mil emissoras formaram a 35ª Rede Internacional da Boa Vontade.

Vale recordar ainda que no dia anterior (20) – quando antecipadamente se realizava o 40º Congresso Mundial da Boa Vontade, evento promovido tradicionalmente pela LBV no fim de ano – uma enorme massa popular concentrava-se na praça diante do TBV, aguardando a chegada do diretor-presidente da Instituição. Durante o seu discurso, uma forte chuva caiu, por volta das 17 horas; mesmo com a intempérie, ninguém arredou pé, tamanha era a emoção dos presentes, pois o fundador da Pirâmide da Paz, igualmente encharcado, enfrentando o forte temporal, entusiasmou o povo com sua mensagem de Paz e Solidariedade Ecumênica. E, para a alegria de todos, aquele momento inesquecível foi coroado com o surgimento simultâneo de dois belos arco-íris.
Dali a cinco anos, em 1994, outra grande construção idealizada por Paiva Netto se tornaria realidade: o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV.